A realização da Endodontia em decíduos com comprometimento pulpar é importante, uma vez que a permanência destes na cavidade bucal servirá de guia para a erupção dos permanentes sucessores.
Ocorre que quando a lesão endodôntica não é tratada e se estende além da polpa coronária pode surgir uma fístula, sinal clínico de que na região existe infecção em atividade. A incidência de fístula no palato em crianças é rara.
O objetivo deste artigo foi relatar um caso clínico de tratamento endodôntico radical realizado em molar superior decíduo com presença de fístula.
Paciente infantil, gênero feminino, 3 anos, apresentava inicialmente edema facial no lado esquerdo e dor de grande intensidade.
O dente 64 tinha uma restauração com recidiva de cárie e polpa necrosada com fístula no palato, levando ao diagnóstico de abscesso dentoalveolar agudo.
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Foi feito como urgência cirurgia de acesso e localização dos condutos radiculares com uso de formocresol como medicação e o dente foi restaurado provisoriamente. Retorno após 7 dias, com sensível melhora do quadro clínico.
Com respeito às técnicas de manejo do comportamento infantil, na sequência foi realizado um eficiente preparo biomecânico e obturação com cimento de óxido de zinco e eugenol. A restauração definitiva foi feita com resina composta após 7 dias.
° Nascimento JMQ, Resende GB, Silva MB. Tratamento endodôntico em molar decíduo com fístula no palato – relato de caso. Sci. 2014; 5(20):658-665